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O AMOR É UM REVOLUCIONÁRIO

O amor é um ato revolucionário. É o título do novo disco de Chico César. Comentei com minha filha, Morena, sobre o assunto. E perguntei: O que você acha? Ela disse achar que sim. O amor é revolucionário. Que se tivesse mais amor o mundo não estaria desse jeito. Com tantas coisas ruins acontecendo. Que se, desde o princípio, o amor tivesse sido considerado assim. Revolucionário. A gente estaria hoje vivendo sob outras condições. Eu falei que o bem e o mal sempre existiram. Mas o ideal seria que a balança pendesse mais para um lado. E isso dependia de cada um.


Então, quero falar de amor. O amor universal. Que deveria permear nossa maneira de estar no mundo. O amor nos sentidos – os cinco. E os outros. E nos sentimentos. Voltados aos outros. Voltando a nós mesmos. Nos compondo – para além de carne, ossos, músculos, cartilagens. O amor vermelho. Sangue. De tão visceral. Onipotente. Onipresente. Incondicional. Que fosse maior do que o egoísmo. Maior do que nosso enxergar apenas o próprio umbigo. Maior do que nossas pequenezas. Maior do que nossas mesquinharias. Maior do que o estresse. Os problemas. Maior do que seu fracasso.


O seu amor. Ame-o e deixe-o ser o que ele é. Ser o que ele é.


Andei vendo ou fechando os olhos, mas vendo mesmo assim muitas coisas contrárias ao amor. Em mim. No outro. No mundo. Nos noticiários. Nas relações. Nas decisões. Nas crenças. Nos valores. Na forma de fazer política. Na maneira de conduzir a democracia. Na lida com o ser humano. Irmão. Igual. Nas escrituras. E nas palavras. Humilhado. Morto assassinado. Torturado. Fudido e mal pago. Na vida real.


Eu ando vendo e abrindo os olhos para muito amor brotado em pequenos atos. Grandes acontecimentos. Tenho acompanhado muito caso de amor pelas Redes Sociais que foi por onde conheci o título do novo trabalho de Chico César.


É o casamento das amigas de Ismália. É o filho Bernardo de Barreto e Alexandre. São os shows de Renan Barbosa. A voz de Maíra Zaugg. O carinho da minha filha sobre o meu braço. É a minha escrita. É a minha sobrinha-neta Aurora, alumiando nossa família e mostrando que o futuro chegou. Meu irmão é avô – como seria o curso natural da vida. É Tatiana ter recebido a família num domingo de sol. É Vitória ser cuidada pelo filho. E perceber que o melhor da vida é reunião em torno de uma mesa farta gostosa sorridente. É Mauro doando medula. É o sorriso de Melônio. É Luciana me enviando um passeio por Boa Viagem em vídeo. É a escolha de falar sobre ele em textos diários.


O amor é habilidade. Diz Alain de Botton. A habilidade de ir mais fundo. Além das aparências. Passar da fase em que o amor é fácil. E saltar sobre as barreiras. Até que se tenha um amor sólido. E maleável a ponto de contornar tudo o que não for ele mesmo. Para chegar em si. Em estado puro. Testado. E aprovado. Com habilidade. E louvor.


Patrícia perguntou no Face: o que é o amor? Ele existe? Não sei o que responderam. Não soube responder. Deixei passar. Cantarolando os versos: O que é o amor? Onde vai dar? Por que me deixa assim? Uma canção cheirando a mar, que bate forte em mim.


O amor não bate. Sopra. Brisas açucaradas. De autoconhecimento. E entendimento. Mais de si. Do que do outro. Mais de si. Do que do sentimento. Mais de si. Do que do amor.


O amor não mata. Alma. Ama. Cama. Calma.


O amor é um revolucionário. Desarmado. De flor na mão.








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