Podia ser o Baticum de Chico Buarque.
Jana falou: ah, claro que eu vou.
Jaulim ficou até o sol raiar.
PA também saracoteou.
Gigi tomou o que era pra tomar.
Ivan também foi e apreciou.
Aquela noite tinha do bom e do melhor.
Tô lhe contando que é pra lhe dar água na boca.
Bate-coxa do pessoal da Quadra Viva.
Festa junina.
Na rua. Na praça. Sem dono. Nem hora para acabar.
Um dia antes, o convite. Horário e tal. Cada um levar uma coisinha.
Os dedos virtuais se levantando com disponibilidade.
Ia ter quentão gaúcho. Canjica de coco. Arroz de leite da vovó. Cachorro quente.
Bolo de milho. Pipoca. Caldo Fino. Guloseimas.
Sobra de bandeirinhas da festa do Senhoritas.
Cadeiras, bancos, mesas, toalhas.
Copos, pratos, talheres.
Lâmpadas, velas, incensos.
Surpresa. DJ Prezi vai mandar um som.
Tacho para a fogueira. E fogueira. E batata doce para assar na brasa viva como a quadra.
Dona Elvira querendo ajuda.
Carina não podia ir. Viagem marcada. Fica para a próxima.
Pediu fotos.
Ficou impressionada.
Ê Quadra. Viva.
Mauro foi. Levou as crianças.
Mariel tocou para elas nos tapetes do gramado.
Eram muitas as crianças.
Enfeitadas.
Sorridentes.
Eram vivas a São João.
Era vivo o São João.
Porque não pode faltar. Alegria. Festa. Força.
É que um grupo tem força mesmo.
Todos juntos somos fortes.
E as coisas acontecem como e com magia.
No caldeirão, vontades de fazer diferente.
De fazer.
Faltou o varal solidário.
Mas a solidariedade existe. E vai ser acionada.
A festa foi linda. Participativa. Comunitária. Coletiva. Amigável.
Palavras de Jana. De quem assina embaixo.
Outras pessoas chegaram.
O ex-morador passou e contou suas lembranças.
Tantas.
Especial mesmo.
São Longuinho trouxe as chaves perdidas.
O vinho esquecido embaixo do banco tomou rumo antes que a noite acabasse.
Os sapatos novos não foram rifados.
O cooler não pousou para as fotos – dessa vez.
Os catadores reforçaram o estoque de latinhas.
Os convivas reforçaram os laços.
As bandeiras continuam lá.
Indicando que o território foi conquistado.
Não tem dono.
E é multicolor.