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CALAFIEIRA - É HOJE!

Gosto da estética da música antiga.

Não sei explicar o que seria isso porque não sou especialista.

Mas a gente descobre ouvindo trabalhos de meados do século passado pra frente, por exemplo.

Tem gente que cantou lá e canta agora, como Elza Soares, que conseguiu se reinventar como ninguém.

Mas naquele som do passado me encantam os metais. Dá sofisticação. É como se fosse um presente.

Mas é presente cada vez mais raro.

Não vou negar que foram eles os responsáveis maiores pelo amor que tive pelo projeto Nova Gafieira, comandado por Nelsinho Serra.

Como fui feliz nas edições das quais participei.

Fui. Dancei. Cantei. Sorri.

Gosto de ver as mulheres de saia, de vestido, de babados, de flor no cabelo. Eu mesma me faço assim.

Gosto de ver os homens elegantes, chapéu na cabeça.

Gosto de ver os casais que sabem tudo dos passos da gafieira.

Mas gosto também de quem não tem esse vínculo do saber. Dançar, cantar.

Sou dessas.

Mas o projeto acabou e quando isso aconteceu fiquei perguntando a Nelsinho: Cadê?

Ele também naquela nostalgia e naquele amor – muito mais embasado do que o meu. Já que ele é o arranjador, o mágico que transforma todo o repertório naquelas maravilhas que ouvimos.

Esse sentimento de quero mais fez com que ele e Jaime Ernest Dias se juntassem para fazer tudo novo de novo.

E não só eles. Mais oito músicos, dos melhores que essa terra dá, incluindo duas mulheres (ói elas aí – que beleza!): Renato Araújo (trompete), Paula Zimbres (baixo), José Cabreira (teclado), Júnior Viegas (percussão), Felipe Silva (trombone), Yuri Dantas (sax), Sandro Araújo (bateria) e Anna Christina, na voz.

Agora a banda, com seus novos integrantes, se chama Marimbondo no Pé, nome inspirado pela música Laranja Madura, de Ataulfo Alves. Lembra? “Laranja madura na beira da estrada, tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé”.

Nesse caso, os marimbondos se referem àquela comichão que não nos deixa ficar parados.

Que venham todos os marimbondos para os nossos pés!

Arrepio só de pensar nisso tudo. Nesse povo todo junto. Porque é coisa que mexe comigo. Num lugar que nem sei. Deve vir de outros carnavais. E bailes. E gafieiras.

Jaime e Nelsinho me convidaram para contribuir com o novo trabalho, que retoma um projeto que o Outro Calaf já teve e chega de novo, reeditado, o Calafieira.

O dia, uma segunda-feira, é maravilhoso. Nem tem desculpa para ele. Quem mora em Brasília sabe que não tem justificativa que nos impeça de ir a um bom baile no primeiro dia da semana.

Somos fortes. É tradição. Acaba cedo e dá tempo de nos refazer. De nos desfazer. De nos jogar.

Mas se é pra nos refazer, faremos isso numa terça-feira em que acordaremos muito mais felizes, dançantes, mexidos, encantados e cheios de ginga e de gafieira.

Dançando bem ou desacompanhados.

A energia que acontece ali é única. E é apaixonante.

Eu sinto isso em mim.

Quero que você sinta também.

É coisa boa demais. Grande. A cidade merece. Nós merecemos.

Simbora rever uma Banda de Baile, daquelas que a gente nem nunca viu.

Simbora dançar e ser feliz, meu povo!

Ou você tá bichado, Zé?

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